A Inteligência de Mercado Aplicada à Social Media
Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, a equipe que tiver o maior número de armas, vencerá a guerra. Sim, o mercado atual transformou-se em verdadeiro combate. É claro que não com todo um aparato bélico, mas com ferramentas que precisam ser minuciosamente estudadas e analisadas, para saber como atacar e contra-atacar o inimigo/concorrente. No entanto, antes de montar qualquer estratégia, é preciso entender primeiramente o que é mercado.
A definição é muito simples. Segundo o dicionário Michaelis, a palavra significa “lugar público onde se compram mercadorias postas à venda”. No caso de marketing e publicidade, mercado é tudo o que envolve o universo do cliente, desde a matéria-prima do produto até o consumidor final.
E devido à necessidade de compreensão deste mercado, surgiu na década de 80, a inteligência de mercado ou business intelligence. Esta técnica visa analisar todos os pontos fortes e fracos da concorrência, os consumidores e as tendências de mercado. Com estes dados em mãos, o empresário sempre estará a frente de seus “inimigos”, podendo executar outras estratégias de ataque, evitando riscos desnecessários.
Acompanhando o método e seus resultados positivos, muitos empreendedores ao longo destes anos foram adotando esta “tática de guerra”. De acordo com uma pesquisa realizada pela Ibramerc, em 2007, 72% das empresas nacionais já contavam com, no mínimo, um profissional dedicado a esta função e 35% delas previam um aumento significativo do quadro nos próximos cinco anos.
Reconhecendo essa tendência como um novo nicho, algumas empresas especializaram-se neste tipo de serviço, para assessorar corporações na análise de dados sobre o mercado de atuação e, assim, conseguir aproveitar melhor todos os tipos de oportunidades, além de realizar com precisão as decisões estratégicas, aumentando as chances de sucesso num mundo cada vez mais competitivo.
Existem várias fontes confiáveis para coletar informações essenciais à inteligência de mercado: mídia impressa, órgãos públicos (ANVISA, INPI, Banco Central), relatórios de importação e exportação, colaboradores, profissionais relacionados com o mercado, formadores de opinião, meios de comunicação, como a TV e o rádio, e a internet, principalmente nas redes sociais.
Falando em redes sociais, este é o mercado que mais cresce no Brasil e no mundo. Para ter uma ideia, veja o vídeo abaixo:
Atualmente, existem mais de 255 milhões de sites no mundo, sendo que deles 152 milhões são blogs. Deste total, 50% dos usuários postam conteúdo diariamente. Na área comercial, os novos formadores de opinão também ditam as regras. Dessa forma, 25% de todos os resultados de busca para as 20 maiores marcas do mundo são conteúdos postados por blogueiros, sendo que 34% dos usuários deste tipo de mídia social posta opinião sobre produtos e marcas, o que influencia na hora da escolha de milhões de leitores.
O Orkut é outra mídia bastante usada pelos internautas, tendo 27 milhões de acesso ao longo de um mês e no mundo todo. Deste percentual, 37% admitem prestar atenção nos anúncios da página – é gente para caramba!
O site de compartilhamento de vídeos mais famoso da rede, o Youtube, também tem uma excelente repercussão, principalmente pelo apelo áudiovisual que possui. Sendo a terceira página mais visitada do globo e o segundo maior sistema de buscas, esta rede recebe aproximadamente 2 milhões de novos vídeos por dia. Entre eles, além de vídeos de anônimos, os anúncios publicitários fazem muito sucesso.
O Twitter também é outra grande mídia social. Em janeiro deste ano, esta rede social atingiu mais de 2 bilhões de postagens por mês. Os 140 caracteres são utilizados, e muito, para a interação de empresas com seus clientes. Nele, como nas outras redes, a empresa e a concorrência podem medir a aceitação dos consumidores, através de comentários positivos e/ou negativos, além de tirar dúvidas, por exemplo.
Uma situação bem legal que, vale ser mencionada, aconteceu com uma integrante da própria Enlink. Usando sua página pessoal do Twitter, a gerente @nataliacasado twittou a seguinte frase: “A maior tristeza da minha vida é saber que nunca mais irei comer um Halls de uva verde, já tem uns 5 meses que isso está me deprimindo”. A empresa, atendendo aos pedidos de seu público, não só voltou a produzir o produto, como resolveu criar uma “escultura de balas” dos três melhores desabafos dos clientes.
A Nátalia, logo logo, mais especificamente na semana que vem, irá postar um texto falando sobre a campanha que foi o maior sucesso.
Mesmo com todo o sucesso destas outras mídias, a mais famosa entre elas, sem dúvidas, é o Facebook. Enquanto a TV levou 26 anos para atingir 50 milhões de telespectadores, o rádio precisou de 22, e a internet de quatro para atingir estes números, o ‘Face’ levou apenas um para ser disseminado entre 200 milhões de pessoas. Hoje, a rede conta com mais de 600 milhões de internautas. Se esta social media fosse um país, por exemplo, seria o terceiro maior do planeta.
Com cerca de 73,9% de internautas, o Brasil ocupa a 5ª colocação no ranking de países com o maior número de pessoas conectadas a rede. Além disso, os brasileiros marcam forte presença no mundo virtual, com 86% de internautas sendo usuários de pelo menos uma rede. Com isso, os negócios virtuais expandem-se cada dia mais. Em 2009, por exemplo, o varejo online brasileiro obteve um faturamento superior a 10 bilhões de reais. Em 2010, O Brasil fechou o ano com cerca de 20 milhões de e-consumidores.
Entendeu agora a importância das social media nesta guerra? Através de um clique, a empresa pode fazer uso da inteligência de mercado, analisar sua concorrência, dar voz aos seus consumidores, além de fazer propaganda e marketing nas redes, usando das estratégias corretas.
É preciso dizer mais alguma coisa?