AI, SEO On Page e CRO: Crie o Site Perfeito
Existem muitas vertentes em SEO – e todas elas tem a mesma importância nas diversas fases de um site, desde a sua criação até a execução das estratégias elaboradas para alcançar o objetivo traçado. Ou seja, há muitas técnicas que podem ser utilizadas. Porém, a Arquitetura da Informação, o SEO On Page e o CRO são a base de tudo – pelo menos a meu ver. São esses itens que vão ajudar você a tirar um site do papel e transformá-lo na “máquina de conversões” que você espera que ele seja.
Vale lembrar que esse artigo é apenas uma explanação dos conceitos mais importantes. Mesmo assim, tudo isso pode parecer bem confuso. Mas, calma! Prometo que até o final do texto todas as informações vão fazer sentido.
Arquitetura da Informação
A Arquitetura da Informação começou nas bibliotecas, sendo trazida para a web por conta do acúmulo de informações por aqui. Esta técnica organiza tudo que se sabe sobre determinado assunto de acordo com a relevância e as regras de cada nicho, fazendo com que os dados sejam facilmente encontrados por quem estiver procurando. Em outras palavras: é a organização do conteúdo para o usuário de maneira intuitiva e sem mistérios.
Esses estudos unem a rotulação de dados, a busca interna, a navegação e a organização para oferecer a melhor experiência possível para os usuários dentro de um site. Pra ficar mais claro, vou explicar cada sistema e algumas práticas de otimização que podem ser realizadas através deles:
O sistema de navegação consiste nas maneiras de navegar pelo site. O ideal é que o usuário não precise se aprofundar muito nas páginas para encontrar o que quer, assim como saber se localizar dentro do mesmo.
Existe uma “regra dos três cliques” em web design, que diz que o visitante deve chegar ao seu “destino final” dentro do site em apenas três movimentos. Claro que nem sempre será fácil assim, mas algumas atividades como o card sorting ajudam bastante a definir as categorias pai e filho e a ordem das informações dentro de cada página.
Outro item extremamente necessário para a usabilidade de um site são os breadcrumbs, pois eles ajudam o usuário a saber o caminho que percorreu para chegar na landing page que lhe interessava.
Com base nessa pesquisa já pode ser elaborado o mapa do site, que tem estrutura semelhante a esta:
Sistema de rotulação: especifica as formas e a apresentação das informações, ou seja, define o reconhecimento do site pelo usuário. É esse sistema que faz tudo ter sentido dentro de cada página como um todo.
Aqui, o ideal é que o formato e o conteúdo escrito dos menus, links e botões de um site sejam claros para todos os usuários, não só para quem está dentro da empresa – tentando sempre unir a imagem ao texto de forma coerente. Para isso, podem ser feitas pesquisas para entender o comportamento do público-alvo, como palavras-chave, as sensações que as cores geram e seu significado naquele nicho, etc.
Na hora de organizar este sistema, lembre: o benchmark é sempre o mais indicado. Inovações nesta área podem ser arriscadas, pois fogem do padrão de pensamento dos usuários e podem confundir o seu público.
Sistema de busca determina como vai ser a análise do seu site com relação a termos procurados dentro dele, apresentando exatamente o resultado que o usuário estava procurando.
Este é o momento de pensar nas diversas minúcias que só a língua portuguesa têm. Dentre os itens que podem entrar num possível checklist, está a previsão de erros de acentuação, sugestão de termos sinônimos, elaboração de uma busca avançada com filtros refinados e a pesquisa de termos que os usuários costumam usar mais.
O sistema de organização determina a categorização do conteúdo, ou seja, a qual lugar do site ele pertence e por quê. Ele diz respeito à classificação, estruturação e hierarquização das informações que vão ser colocadas no site, de acordo com o mapa mental dos usuários. Deve ser elaborado de maneira óbvia, clara e mutuamente excludente, de modo que cada página seja única e tenha objetivos específicos dentro da categorização do site.
Algumas maneiras de organizar intuitivamente as informações são: ordem alfabética ou cronológica, geográfica e sequencial. Existem quatro tipos básicos de organização que podem ser utilizados, e o Marcelo Campos, do blog Linkei, explica isso muito melhor pra você.
Depois de reunir todos esses pontos, chegou a hora de criar protótipos e wireframes do site. Wire o quê? Eu explico: o wireframe é o esqueleto de um site, para que o designer e o desenvolvedor responsáveis pelo projeto possam entender como cada página deve funcionar. Criei um para exemplificar, baseado na Home do site da Enlink. Clique para ver em tamanho maior:
No fim das contas, AI é um dos mecanismos que o SEO tem para otimizar não só o layout dos sites, mas a sua navegabilidade, usabilidade e funcionalidade. Sem essa teoria, seria muito mais difícil saber o que o usuário espera de cada site (ou de cada nicho), sem contar com a grande ajuda que a maneira de pensar sobre o design que só o AI pode emprestar para profissionais de outras áreas.
SEO On Page
Existem processos até demais em um projeto de SEO On Page, principalmente por que cada site exige uma demanda diferente. Alguns itens básicos estão listados nesse checklist de Conteúdo x HTML, uma boa maneira de se guiar dentro das atividades feitas para cada cliente. Não há, infelizmente, uma metodologia específica: cada profissional trabalha da maneira que acha mais coerente e delimita os itens mais importantes dentro do projeto de acordo com as necessidades de cada site.
Além dessa lista de atividades, ferramentas básicas como essas também são uma mão na roda em projetos de SEO, que vêm para otimizar o trabalho feito na arquitetura e garantir que todos os elementos fiquem onde o robô do Google espera que estejam. Em termos simples, podemos comparar a arquitetura da informação aos tijolos de uma casa e o SEO On Page ao cimento que vai complementar, fazendo com que a estrutura apareça completa e sem falhas.
CRO
A Convertion Rate Optimization nada mais é do que a análise minuciosa dos itens que geram conversão dentro de uma página. A conversão, como você já deve saber, é a ação esperada do usuário: a compra de serviços ou produtos, o download de um e-book, o pagamento social com tuítes ou compartilhamentos no Facebook, o cadastro de e-mail para e-mail marketing, etc. O CRO consiste, então, em analisar as landing pages como um todo e, com base em pesquisa, análise de dados e feedback do usuário, gerar insights e testar diversas maneiras de melhorar a taxa de conversão.
Ah, a famosa taxa de conversão! Muitos já ouviram falar, mas nem todo mundo entende de fato o seu significado. Ela não significa o valor total de conversões realizadas em uma página, e sim pela equação entre este valor e o total de visitas no seu site. Por exemplo: se o seu site possui 5000 visitantes e 50 conversões, a taxa de conversão dele é 1% (vale frisar que esse pode não ser um número tão baixo quanto parece. Tudo depende dos objetivos da landing page).
Voltando para a metáfora das construções, o CRO é aquele acabamento meticuloso e estudado que se faz ao final de uma obra, fazendo ajustes e mudanças para finalizar o acabamento. Como um site é muito mais dinâmico do que um prédio, é claro que este trabalho deve ser contínuo e acompanhado de outras estratégias de fortalecimento do site, como Facebook Marketing e PPC. A cada nova landing page, métricas e dados diferentes terão que ser analisados para gerar as diversas possibilidades, testes, mudanças e re-designs necessários.
Se você quiser ler mais profundamente sobre as maneiras de fazer CRO, sugiro esse guia da agência Qualaroo, que é bem completo e didático. Se você já está familiarizado, mas procura por inspirações, sugiro esse artigo da Unbounce com as melhores práticas de CRO dos últimos tempos. E não se esqueça: nada disso adianta sem conteúdo único, de qualidade e otimizado.
E você: o que acha indispensável para um site?
(Imagem funil de conversão emprestada do Coast Digital, traduzida por mim.)