Como Ouvir seus Consumidores nas Redes Sociais
A internet mudou o mundo e, consequentemente, a maneira como nos comportamos nele. Há quem pregue que a internet é o meio por excelência de uma nova revolução social, outros garantem que ela não é o meio, mas a “revolução” em si. De que lado estamos não importa, o importante mesmo é que estejamos dentro dela(s), ou seja, da discussão e da internet.
“Cair na rede” é necessidade em um mundo globalizado, no qual as informações são compartilhadas e os negócios decididos online. E você e/ou sua empresa, o quanto estão presentes na rede, digo, nas redes? O quanto você se preocupa com a internet? Aliás, o que é internet para você?
Se ao pensar em internet, comumente chamada de “a rede mundial de computadores” você visualiza uma imensa trama interligando milhões de computadores, ah meu caro, você está no caminho errado: está ignorando que atrás de cada computador há uma pessoa. E em tempos de mobilidade não dá para falar só em computadores, não é mesmo? Basta um Smartphone e estamos conectados ao resto do mundo.
Além disso, o que a maioria das empresas parece ignorar é que, antes de tudo, o ser humano é um ser social, que se constrói a partir de relações sociais. Por isso, mais do que nunca, estar conectado às pessoas é imprescindível e as mídias sociais estão aí para isso.
E por falar nisso, você sabe o que são e quais as diferenças entre mídias e redes sociais? Vejamos. As mídias sociais são aplicações para a internet fundamentadas nas diretrizes da Web 2.0 e que permitem a criação e troca de conteúdo.
Já às relações pessoais mediadas pela internet, por exemplo, o Facebook, dá-se o nome de “redes sociais”. Em outras palavras, as redes sociais são um exemplo de mídia social, já que permitem a criação de conteúdo e troca de informações, ideias e interesses.
Trocar ideias e ideais
Voltando a falar sobre o comportamento das pessoas na era digital e o impacto direto nos negócios, vale lembrar que a internet deslocou o poder. Durante muito tempo, os consumidores ficaram expostos à unilateralidade das mídias convencionais, impossibilitados de uma manifestação mais persuasiva. Agora, entretanto, quem vai dizer se o seu produto é realmente bom são os consumidores. Eles têm as mídias sociais à disposição, produzem conteúdo e criam Buzz, para bem ou para mal.
Mas, o que é Buzz e o que ele representa para você e sua empresa?
“Barulho”, “falatório”, “buchicho” ou “falação” são boas definições para a palavra Buzz. No maravilhoso mundo da web, Buzz significa que determinado conteúdo está sendo lido, relido, comentado e (re)publicado por um grande número de pessoas. A campanha “Pôneis Malditos” da Nissan é um ótimo exemplo de Buzz.
Confira os resultados da campanha publicados pela revista Exame, na matéria intitulada Pôneis Malditos: em números. E se você ainda não assistiu ao vídeo, go ahead and do it!
Aliás, por falarmos a respeito dos famigerados pôneis malditos, estamos alimentando o seu Buzz.
Outra informação importante para quem quer divulgar na web é saber como as pessoas se comportam nas redes sociais. Recentemente, uma pesquisa sobre a utilização social da internet, feita a partir de uma parceria da Nokia com o Instituto TNS, apontou que 68% das pessoas usam a internet para contar o que estão fazendo e sentindo. Assim, é praticamente impossível dividir o que é vida real do que é vida virtual – aliás, ainda existe essa dicotomia?
Confira os resultados apresentados em forma de vídeo, dê uma espiadela:
Os resultados da pesquisa mostraram que as pessoas usam a web para se comunicar e compartilhar suas experiências. E essas experiências incluem as positivas e negativas, com produtos e serviços. Se um consumidor não estiver satisfeito com o atendimento ou com algum produto oferecido pela sua empresa, tenha certeza que ele vai botar a boca no trombone.
Diante destes fatos, podemos dizer que estamos vivendo a era da informação e, sobretudo, recomendação.
Recomendação, essa é uma palavrinha importantíssima – adoro superlativos – para a criação e disseminação do Buzz, e que acaba afetando o comportamento dos consumidores e sua decisão de compra. Suponhamos que você queira comprar um computador, você pode pesquisar na internet diferentes marcas, modelos e afins – informação –, mas se algum amigo seu ou mesmo outro consumidor, que tiver adquirido esse produto anteriormente, disser que a marca C apresenta um número X de problemas e disser que a marca H não tem – recomendação -, as chances de você optar pela marca H são maiores, não? Isso mostra que a recomendação é tão importante quanto a informação na hora da compra.
Está convencido do quanto é importante ver e ser visto nas mídias sociais? Então, vamos para o passo seguinte: “Como ouvir o Buzz de seus clientes”.
Aqui está a segunda parte do artigo: Como ouvir o Buzz dos seus clientes
Manuela Sanches
Muito legal o post, Mirian! Gostei da “era da recomendação” e concordo plenamente. Só porque algumas empresas tem medo de entrar nas redes sociais, não quer dizer que estão fora delas. Afinal, seus clientes estão por lá dando suas opiniões.
beijo,
Manu
Mirian Carla
Pois é Manu, como diria Lenine “eu caio na rede, não tem quem não caia”.