5 Dicas para Escrever Conteúdo Memorável
Quando o assunto é webwriting, todo redator profissional já sabe quais são as qualidades essenciais para desempenhar sua função. Só para lembrar algumas: domínio da língua vernácula, o que inclui ortografia e regras gramaticas; criatividade; conhecimento, tanto sobre o que está falando quanto para quem está falando; atualização constante e por aí vai.
Em direção contrária, mas seguindo o mesmo caminho, o post de hoje aponta as “maldades” que são verdadeiros truques e que todo redator deve conhecer, apresentando-o como único e grandiosíssimo vilão de si mesmo. A ideia é, na verdade, mostrar o que deve fazer parte do comportamento ou da essência de um webwriter, para que ele possa aprimorar seu trabalho a cada dia. Vamos conferir juntos?
Esqueça a sua identidade
Personalidade é fundamental para escrever um texto, afinal é esta qualidade que torna um texto único e diferenciado em meio à infinidade textual encontrada na internet. Intrínseca à personalidade está a identidade, sendo quase impossível separar uma da outra. No entanto, para a escrita web, dissociar as duas coisas é essencial. Isso porque, com essa profissão, muitas vezes, nossas crenças ou convicções devem ser ignoradas, assim como nossa realidade de mundo.
Vamos supor que você odeie os padrões de beleza, mas precise escrever sobre “como emagrecer em sete dias”. Sua vontade é dizer: amiga, coma o que quiser e seja feliz, mas o cliente quer que você venda um shake milagroso que some com a barriga em um piscar de olhos. E aí, como lidar?
Eu poderia citar vários exemplos, mas para evitar a fadiga, vamos ficar apenas com este. Resumindo, esqueça todos os seus valores e descubra o que o cliente quer. Neste mesmo caminho, ofereça o que os clientes do seu cliente querem saber. Na escrita profissional para web, a imparcialidade pode ser a chave do sucesso. O segredo, nesse sentido, é ser frio e calculista consigo mesmo para criar conteúdo de qualidade, relevante e que conquiste seus leitores e quem está pagando por seus serviços.
O bom disso tudo é que, quase como um ator, o redator tem dentro de si várias personagens e, para ser ovacionado ao fim de cada ato, ficar íntimo de cada uma delas é crucial – ou melhor, faz parte do espetáculo.
Subestime sua capacidade e seus conhecimentos
Por mais expert que você seja em língua portuguesa, por maior que seja o seu domínio no assunto sobre o qual está escrevendo, subestime-se. Procure defeitos, falta de informação e erros de gramática, ortografia e digitação até cansar e ter certeza de que a perfeição (mesmo que parcial, pois não existe texto perfeito) foi alcançada.
Ficou em dúvida sobre uma correção automática do editor de texto que você usa? Pesquise. Não tem certeza sobre a veracidade dos fatos? Busque. Acha que o material até agora pode ser melhorado? Vá em frente e mude o que for necessário. É preciso ter uma relação de amor e ódio com os seus textos. Primeiro, odeie, ache incoerente, cru. Depois, lapide o que for necessário, até que ele consiga te conquistar e você possa, finalmente, dizer: “ah, textinho lindo eu te amo!”
E lembre-se: nada de entregar o material, caso ainda sinta que algo pode ser melhorado. Perfeccionismo não é exagero, jamais. Se estiver na dúvida sobre alguma coisa e o prazo estiver apertado, peça mais tempo; explique o que está acontecendo. Seus clientes precisam entender que isso faz parte do processo e que, com isso, o resultado será sempre o melhor. Caso, não seja possível, o jeito é rebolar para entregar tudo bonitinho.
Menospreze e inveje o conteúdo alheio
Um dos recursos mais utilizados pelo redator web é a fonte. Geralmente, para textos mais simples, que não exigem maior pesquisa, basta seguir uma referência e, a partir disso, criar um texto novo, com informações extras (você quer caprichar, não quer?) e palavras novas. Embora prática, esta estratégia deve ir além.
Comece a menosprezar o conteúdo alheio. Por melhor que seja a matéria ou notícia, por exemplo, encare tudo de forma que surja a conclusão: “eu posso fazer melhor!”. Depois disso, basta pensar em como a informação que tem em mãos pode ser aproveitada:
– É possível mudar a estrutura? Se sim, crie uma nova ordem de parágrafos ou ainda crie um novo formato. Não se prenda aos tópicos do texto base, saiba que você pode sempre ir mais longe;
– O que está faltando neste texto? Vá aos comentários. Lá, sempre é possível encontrar dúvidas ou mesmo falhas encontradas no material que você achou ótimo e queria que fosse seu. Esta é uma das inúmeras maneiras de criar temas novos, lembrando que, independente do nicho do seu cliente, sempre há uma infinidade de possibilidades, tanto para pauta quanto para abordagens;
– O texto está mal escrito, mas a ideia é boa. É comum encontrarmos temas super legais em textos alheios, mas na hora de se inspirar, o artigo acaba sendo ‘brochante’. Respire fundo e tente extrair dali o que há de útil.
Aqui, outra sugestão é sempre olhar o texto alheio com criticidade e buscar nele algo que seja relevante, para seu cliente e seu público. E a invejinha branca não faz mal nenhum, desde que ela sirva de inspiração para novas ideias. Você até pode querer fazer igual, mas tente sempre fazer melhor que seus concorrentes.
Dê uma rasteira… nos prazos
Assim como qualquer outro trabalho, a escrita web vive de prazos. E aqui, entra o seu lado traiçoeiro. Se você tem que entregar um artigo na sexta-feira, por exemplo, faça o possível para começá-lo e terminá-lo antes.
Deixe uns dois dias de ‘folga’ para as últimas revisões. Se não for possível dias, horas são suficientes. Uma ideia é terminar suas metas do dia e, antes de ir embora e depois de passar uns minutos no Facebook, volte e releia os artigos criados no dia. Outra possibilidade é fazer esta atividade todas as manhãs, com os textos do dia anterior. Nada melhor que reler o que você escreveu, antes de entregar a versão final.
Não deixe o prazo dominar sua vida e aumentar o stress. Organize-se para trapaceá-lo, no bom sentido, relendo e reescrevendo o que for necessário, quantas vezes forem necessárias e antes do prazo final.
Seja um chato (a) incansável
Sabe aquela pessoa que questiona tudo? Que acha que tudo deve ser explicado nos mínimos detalhes? E que acredita convictamente que todos são responsáveis por um mundo melhor? Então, esta pessoa é vista como chata. E é assim mesmo que um redator e todos os demais envolvidos na criação de conteúdo precisam ser. Nesse sentido, o webwriter deve:
– Esclarecer todas as dúvidas com o cliente, buscando a fundo o que ele quer e pretende. Se for necessário, briefings, calls e e-mails são sempre bem-vindos;
– Fazer cobranças e tentar descobrir o que seu cliente está achando dos textos, artigos, notícias e matérias. Sempre cobre uma resposta, pois o feedback pode ser a melhor maneira de aprimorar seu trabalho;
– Procurar falhas e propor soluções. O layout do site para o qual você cria conteúdo não está legal? Que tal sugerir alterações? Você é responsável apenas pelo envio dos textos e quem fica com as postagens não cumpre os prazos? Marque uma conversa e explique a importância da assiduidade em um blog. Tudo pode ser resolvido, com uma conversa amigável, afinal, somos chatos, mas só queremos fazer o nosso melhor trabalho, não é mesmo?
A sua maldade secreta
Estas foram as maldades que consegui lembrar. E você, tem uma em especial? Compartilhe seus truques com a gente também ;)
Crédito das Imagens: Vector-Eps e Deviant Art